VIDA DE GADO

Após um longo e tenebroso inverno (não tão tenebroso assim), eis que volto a pegar a sucursal do inferno - que atende pelo nome de 254 - para ir para o Centro.
Estou cobrindo férias do meu ex-sempre chefe, como costumo chamá-lo.
Gente... Desacostumei geral, 'guento mais não.... rsrsrs
E olha que estou indo beeeem mais tarde, hein !
Ainda assim, é um sufoco, um inferno.
Busão cheio, as vezes lotado mesmo.
Aí fico reparando naquele povo todo, em pé , espremido, uns dormindo. Bocas abertas, cabeçadas no vidro.
Um sufoco geral e a grande maioria... Sorrindo !!!!
Não tive como não lembrar do Zé Ramalho : " vida de gado, povo marcado, povo feliz"...
Infelizmente não faço parte dessa turma.
Vou super mal humorada, minha cara deve assustar. rsrs
E acho que mau humor atrai coisa ruim mesmo. Porque todos os cotovelos acham minha cabeça, todos os maiores números de tênis, acham meus dedinhos e todas mochilas encontram minhas costas.
Parecem que elas fazem de propósito...
Logo no primeiro dia, a volta um inferno maior que o imaginado : choveu, aí já viu : f...deu !!!!
Cheguei péssima, cheia de dor no corpo.
E olha que não tinha feito nada, hein !!!
Já hoje, no quarto dia, estou melhorzinha...
A irritação continua, o trânsito me tira do sério, mas o corpitcho já não dói tanto como no começo. (o que não quer dizer que não dói).
Engraçado que por mais que eu já tenha trabalhado lá, me sinto um peixe fora d'água.
Em todos os sentidos.
Acho que devo permanecer aposentada mesmo. rsrsrs